quinta-feira, 2 de abril de 2009

Sem conservação, ciclovia é risco para os ciclistas

WASHINGTON SOARES

Sem conservação, ciclovia é risco para os ciclistas

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Perigo de acidentes: com as chuvas caídas nas últimas semanas em Fortaleza, buracos se formam ao longo dos 24,5 quilômetros de ciclovia (Foto: Juliana Vasquez)

Ciclistas reclamam da falta de segurança e da buraqueira que se formou em quase toda a extensão da via

Era para ser uma alternativa acessível e segura de deslocamento. Mas, segundo os ciclistas que trafegam pela ciclovia da Avenida Washington Soares, os inúmeros buracos representam perigo nos 24, 5 km do trecho. Além disso, os constantes assaltos só aumentam a insegurança de quem passa pelo local.

O comerciante Mauricélio Maciel considera a ciclovia importante para a segurança tanto dos ciclistas como dos pedestres, principalmente dos universitários. Contudo, tem percebido um certo descaso com a chegada das chuvas. “Tem cada buraco grande aqui... Quem anda de bicicleta precisa fazer manobras perigosas para não se acidentar. Quando chove, o pneu pode deslizar, e o pedestre, escorregar”.

Para evitar acidentes de trânsito, o porteiro Robson Fernandes vai de bicicleta ao trabalho pela manhã todos os dias. Às 18h30, quando volta para casa, prefere se arriscar em meio aos carros da Avenida a cair em buracos formados ao longo da ciclovia.

“Mesmo o trânsito sendo infernal, acho melhor ir pela Washington Soares a furar o pneu na ciclovia por causa de vidros no meio do caminho e poças d´água”. Ele acrescenta que as árvores servem de esconderijo para os assaltantes.

De acordo com o coordenador de Engenharia Rodoviária do Departamento de Edificações e Rodovias (Der), André Pierre, existe um projeto de restauração da ciclovia em vista, que só será realizado depois da quadra chuvosa. “Agora, estamos refazendo o asfalto da Avenida. Cortamos com freqüência o gramado da ciclovia, mas só restauraremos o chão em outro momento”, explica.

Quanto à insegurança no local, a Companhia de Policiamento Rodoviário (CPRV) declara que, nos últimos meses, não houve tantas ocorrências. O soldado Edney Matias declara que três viaturas, com quatro homens em cada, e três moto-patrulhas ficam responsáveis pela região. “Fazemos um trabalho reforçado”.

ENQUETE
Qual os principais perigos enfrentados?

Sebastian Trujllo
26 ANOS
Artesão

Passo por aqui, diariamente, há dois anos. Os buracos só aumentaram de lá pra cá, e pioram mais com as chuvas

Francisco de Assis
47 ANOS
Pedreiro

Além dos desníveis na ciclovia, os ciclistas sofrem com a insegurança. Esse local é perigoso e sempre tem assaltos

Luciano Miranda
32 ANOS
Vigilante

Não consigo andar despreocupado neste trecho. A atenção fica voltada ao chão para a bicicleta não cair nos buracos

 

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